Mariana, destacado quadro da
esquerda “Chanel-Caviar”, doutorada em economia na “humilde” Universidade
Inglesa (SOAS), onde supostamente terá refinado a teoria que para chegar a rico
não é preciso trabalhar nem poupar, mas sim “assaltar” quem trabalhou e poupou.
Mariana, a quem o ilustre
comentador da Porto-Canal, Pedro Arroja apelidou de “esganiçada”, cujo “feeling”
pela cobiça do alheio terá herdado do progenitor Camilo, participante ativo no
assalto ao Paquete Santa Maria em 1961, denominado “Operação Dulcineia” e
considerado como o primeiro ato de pirataria da era moderna. Consolidou a arte na
“Operação Vagô” em 1967 com o desvio de um avião comercial da TAP que fazia
ligação entre Casablanca e Lisboa, antes do assalto à dependência do Banco de
Portugal na Figueira da Foz, que antecedeu a ocupação da herdade Torre Bela.
Tudo atitudes “heroicas” que muita gente não achou heroicidade nenhuma.
Sabendo que a vergonha é o último
bem precioso que temos a perder, é porém coisa de somenos importância para quem
nunca teve pingo-dela, e esquece que o País sobrevive graças ao esforço das pequenas,
médias e grandes empresas e de seus trabalhadores, para sustentar decisões destes
esbulhos que deveriam envergonhar quem tem por dever de taxar a ignorância da
classe política, antes de taxar quem cria postos de trabalho, quem poupa e
trabalha para manter aqueles que pensam que o futuro está no sofá à espera do
subsídio da inutilidade.
Nunca imaginei de um dia ver Cuba
e Venezuela aqui tão perto, com sistemas de governação desastrosa atraídos por
estas pobres criaturas que vivem do Estado para melhor poder controlá-lo, que
em vez de lutar para que haja cada vez mais ricos e cada vez menos pobres, nivelam
tudo por baixo para que o povo fique cada vez mais enterrado na miséria.
Deveriam estas ilustres criaturas
saber que vivem numa ilusão omnipotente, sem nunca serem capaz de entender que
não há nada de mais perigoso e mais traiçoeiro que a ambição de um incompetente,
que tantas vezes nos obriga a ir ao baú das memórias à procura de velhas recordações,
que como as cerejas vem umas atrás das outras, para recordar um velho colega de
infância que convenceu a malta a perder a vergonha de assaltar o pessegueiro no
pomar do Ti-Bento ali mesmo à mão de semear, com o trágico resultado de acordar
o velhote que dormia no alboio das-alfaias- agrícolas, para nos receber à
sacholada até nos fazer vomitar os pêssegos antes das repentinas alterações
fisiológicas para deixar também a alimentação ingerida durante toda a semana.
Abençoado assalto infantil. A partir desse
trágico dia nunca mais cobicei pêssegos alheios, dediquei-me à plantação de
pessegueiros para deles colher os frutos do meu trabalho.
Deveriam as “Marianas” deste
mundo estagiar a cobiça pelo alheio no pomar do Ti-Bento, para aprender que os
frutos são de quem os trabalha, e que nunca se deve servir de testa-de-ferro dos
“Antónios” matreiros sem escrúpulos, capazes de rasteirar amigos e taxar a avó
para conseguir estranhos objetivos da permanência no poder.
Estas pomposas declarações são frequentes em pessoas
deslumbradas e engolidas pelo mediatismo, que mais parecem de uma velha
prostituta dissimulada em “Donzela-de-candeeiro” a pregar o sermão à porta da
Igreja gritando aos quatro ventos que foi naquele preciso momento que acabou de
perder a virgindade, quando todos sabem que só por obra e graça do
Espirito-Santo, o Alfa da linha de Cintra ainda não passou por cima como
justifica a permanência da vida de tão
badalhoca pregadora.
Porém nem tudo são más notícias, resta-nos
rezar para que um Tio Americano não se lembre de deixar-nos uma herança de
património imobiliária com valor de um milhão de euros, que à primeira vista
seria a alegria de um sonho, que depressa se transformaria na tristeza de um
pesadelo.
Parece demagogia mas não é. Imaginemos um
casal cujos salários sustentam a sobrevivência familiar, e de repente lhe bate
à porta a herança de um familiar com um património imobiliário de um milhão de
euros, ou seja, entrou-lhe em casa uma despesa anual obrigatória com IMI de 3 mil
euros acrescidos da “Taxa Geringonça” (TG) de 1000000x0,30%=3000. Enfim, mais
um IMI novo de 3 encima do IMI velho de mais 3 que obriga o desgraçado herdeiro
a angariar rendimentos anuais de 6 mil euros para pagar impostos e passar a
viver debaixo da ponte enquanto não morre de fome.
Dirão os mais afoitos que o
herdeiro poderia vender o património herdado, que me parece impossível (com
esta medida) encontrar um distraído com um milhão líquido no bolso para dele fazer
o que bem entender, e cair na desgraça de investi-lo no imobiliário para candidatar-se
a perder 6 mil euros anuais, sem contar as despesas de manutenção do imóvel
herdado para não o deixar ir engrossar o rol esquelético do imobiliário deste
País.
Sempre ouvi dizer, quem investe
as poupanças no imobiliário é porque não quer nada com engenhocas financeiras, apenas
pretende acautelar-se das cíclicas desvalorizações monetárias, e nada mais.
O vosso “Primeiro” até causa
arrepios. Diz que não quer cá investidores para investir no que já existe.
Deveria esta triste figura saber que, se ninguém comprar o pão existente
dificilmente o padeiro voltará a aquecer o forno para cozer nova fornada,
correndo o risco de fechar a porta de padaria e forno com os prejuízos daí adjacentes.
O caminho do destino a dar às
poupanças está cada vez mais estreito. Agora que o “homem” já taxou o sol e o
ar que respiramos, só falta taxar os gordos para lhe cortar a gordura das
lambidelas em salgados e adocicados, para depois taxar os magros que até para
lamber vão estar tramados.
A partir de agora só um tolinho-da-cabeça
irá investir em património imobiliário para candidatar-se a pagar anualmente
IRS(s) da mesma coisa o resto da vida.
Cuidado com estes fazedores de
pobres que nunca criaram um posto de trabalho e que não conhecem limites porque
precisam cada vez de mais dinheiro, e sendo esse bem precioso cada vez mais
escasso, torna-se o pior inimigo dessa gente e de seu populismo bacoco que só
acabará quando o dinheiro acabar.
Vamos acender uma velinha pela
alma do recluso 44, verdadeiro cavalheiro em vias de extinção, que comparado
com esta tralha parece o Robin do Bosques, certeiro e de modo adocicado é capaz
de cortar 20 milhões na gordura do Salgado, deixando aos magros o prazer de
lamber, ao contrário dos “geringonços” que continuam a manter a manada de “Boys
e Vacas” agrupada a pastar nas pradarias alheias à pala das poupanças do Zé.
Nunca vi governo tão atabalhoado à
deriva sem destino, sem direção e sem nenhuma razão de existir a não ser o odio
rançoso pelas poupanças de quem cria empregos e paga os salários de que vivemos.
Em tempos de poupança e de
ásperos recursos apaguemos as velas destes defuntos com o sopro das palavras do
saudoso António Aleixo.
“Prometeis um mundo novo / vós lá
do alto Imperio / cuidado não vá o povo / um dia levar-vos a sério. (.) Prá
mentira ser segura / e atingir profundidade / deve trazer à mistura / qualquer
coisa de verdade. (.) Dizer que pareço um ladrão / mas há outros que eu conheço
/ que não parecendo o que são / são aquilo que eu pareço.”