domingo, 14 de maio de 2017

O Tempo de Emplastros e de vergonha Nacional.


          O Continente e Ilhas em alerta vermelho, provocado pelos anticiclones estacionados em São Bento e Belém, com fortes rajadas de Selfies e propaganda barata para entreter gente pasmada, igual a um bando de cordeiros amansados a comer erva de duvidosa proveniência, sem levantar o focinho do chão para pedir que lhe mudem o pasto, com o peso da canga que suporta a Geringovernação desgovernada, tão ridícula como o sujeito descalço vestido de Ermenegildo Zegna, a roubar velhinhas para comprar sapatos.
          O Fernando, natural da Madalena freguesia costeira de Vila nova de Gaia que todos conhecemos por “Emplastro” sempre por detrás de jornalistas e entrevistados: Antes o Fernando era conhecido por “Animal”, alcunha original dada pelos “Superdragões”. Afirma ser filho de “Pinto da Costa e Victor Baía”. Na infância era tratado por “Palhinha”. Finalmente encontrou o seu nicho de mercado no futebol a tirar Selfies com os adeptos, a sua única praia que o tirou das esmolas nos Semáforos.
          O Marcelo, natural de Lisboa que todos conhecemos por “Presidente MarSelfies” sempre frente às câmaras para tirar Selfies. Professor de Direito, Jornalista, comentador político, Deputado da Assembleia Constituinte e Assembleia da República, Secretário de Estado, Ministro e líder do PSD. Finalmente encontrou o seu nicho de mercado na “Presidência da República” a tirar Selfies com o povo, a sua praia que o tirou da TVI, (Trampolim de Vedetas Indigestíveis).
          Não gosto de “Emplastros” artificiais que nada acrescentam à classe, a não ser para coçar-se o umbigo e alimentar o ego dos seus botões. Os Emplastros de contrafação proliferam como os “MarSelfies”, filho pródigo e produto acabado da televisão, onde Dominicalmente celebrava a missa no “Altar da TVI” para cristãos devotos que ocorriam com mais afinco à sua homília da noite, que à Eucaristia matinal celebrada no púlpito da mesma “Capelinha”.
          “MarSelfies”, “virgem ofendida” com as declarações do Presidente do Eurogrupo, quando este disse que gastamos as economias em “copos e mulheres”. Não sei em que estado ficaria se ouvisse o Tio Avelino, quando se referia por idênticas razões ao vizinho que gastava tudo em: “Putas, vinho verde e cigarros com letras” em tempos de ásperos recursos que nos obrigavam a conter os desejos íntimos com o que havia em casa, a beber água fresca da fonte e fumar cigarros (sem letras) de enrolar com tabaco de onça preta, que deixavam a língua do freguês em estado a embrulhar num cobertor.
          Exemplos de populistas triunfantes da mesma linha de montagem, temos a Cicciolina e Beppe Grillo, a pornográfica e o comediante da Itália “Berlosconica” que resultou na concubina feita “Rainha” e no Palhaço feito “Rei”, tal como noutras paragens, analfabetos “Jardels” também tiveram direito a Puta-Secretaria e a ligações “Corleonecas” lá do sítio.
          “MarSelfies” (o festivaleiro) percebeu de ginjeira que com a Geringonça assanhada, não dá para sair á rua festejar os Santos Populares, nem para continuar o ano a festejar a Santíssima popularidade arrancada à Santa ignorância de fiéis distraídos a venerar Santos de taberna em vez de venerar os Santinhos do Altar. “MarSelfies” sabe que quando tentar ultrapassar a esquerda pela direita será o fim da festa. Convém que mantenha a marcha predefinida pela Geringonça para ir o mais longe possível. Ele sabe que quando tentar encostar às boxes não encontrará ninguém para lhe facilitar a manobra. Ali, a corrida terminou. “O povo anda sereno”, diz “MarSelfies” em coro com a Geringonça: Também, Camilo dizia: “tão bom é o diabo como a sua mãe”.  
          Ziguezaguear da direita para a esquerda com tal descaramento numa pista apinhada de gente, é arriscado e só ao alcance de “Emplastros” especialistas, formados com curso de cadeirão académico, de líder partidário, de concelheiro da República, de candidato (derrotado) à Câmara, antes de saltar para o colo da República. Atributos suficientes que põe em sentinela os “amigos” de direita.
          Para os “inimigos” de esquerda basta-lhe a receita de comentador-opinador de todas as matérias, de protagonista de rábulas de engraçadinho da turma de que o povo gosta. Se tudo não basta-se, também rezam os boletins, que é capaz de receber um Embaixador em cuecas, de fugir dos jornalistas em mota de água, de lançar-se ao Tejo para um banho de poluição com o mérito de sair vivo, de guiar um táxi nas mourarias com minissaia no banco traseiro, de travestir-se de gentil coiffeur de Balzaquianas, e até de estacionar no lugar reservado para deficientes. Sabe-se lá o que mais virá a ser averbado a tão vasto currículo.
          Certo é, que o (enterteinner) “MarSelfies” seduziu a populaça com as mais repentinas guinadas, deixando sempre em alerta e aberta a possibilidade de um dia abandonar a pista na primeira curva apertada, mas só depois de ter promulgado a lei do ingresso de mais cem mil funcionários públicos para acabar de infestar o país dos “ricos”, ao contrario dos “pobrezinhos” Franceses, que vão cortar na gordura do Estado ao despedir duzentos e cinquenta mil para aliviar o sacrifício do povo.
          Segundo é voz corrente, a maior parte dos novos “cem mil” zeladores da Pátria vai para muscular a segurança interna contra os perigosos descarnados esqueletos Lusitanos. Esta, fica-me atravessada na garganta.
          Não compreendo que o “nobre” povo permita a meia dúzia de escribas meios amaricados nos ponham a cabeça em água a repetir vezes sem conta para trabalhar mais e passear menos, gastar menos e poupar mais, em vez de cortarem nas gorduras deles e cessar de cortar no músculo do povo que é a força do desenvolvimento do país.
          Por exemplo, fica aqui a minha modesta sugestão: em vez de aumentar despesas, começar a aumentar receitas com os cortes na polícia urbana, naqueles inestéticos barrigudos, que quando o sujeito chega à cidade e pergunta pela rua onde se pode passar umas horitas num aconchego mais intimo para esquecer o stresse, só sabem dizer onde ficam os museus, os tribunais e a repartição de finanças, como se um gajo depois de roer a trela, fosse à cidade para visitar esses horrores que não interessam nem ao menino Jesus. Vê-se na cara deles que foram traumatizados por terem engolido a sopa sob a ameaça da farda, agora querem vingar-se nos pobres sem defesa, e na estabilidade alheia.
          Será que alguém já deixou de ser assaltado, ou evitou que lhe gamassem a carteira, ou assaltassem a casa, a loja, ou lhe finfassem a parceira por haver mais ou menos polícias na rua? Depois dizem que andamos tristes, como se não basta-se os impostos, ainda querem aliviar-nos a carteira com as multas, e nem sequer podemos estacionar como sempre em cima do passeio ou em segunda fila, para não falar do tempo perdido a parar nos semáforos, e no desperdício de gasóleo a cumprir os sinais de proibição, e ainda a circular a uns miseráveis 120 nas auto-estradas com risco de adormecer ao volante.
          Mas o pior é depois de saberem que andamos tesos como pau de galinheiro, ainda vem perturbar a intimidade do freguês, que por falta de uns cobres para arranjar cama, tem de recorrer ao banco traseiro do automóvel para expressar os sentimentos de afeto à namorada.
         Dantes, quando era permitido apitar, a gente andava mais contente, um vulgar sinal vermelho a passar para o verde, transformava-se num espetáculo multimédia com enormes ganhos de tempo. Agora temos o trânsito engarrafado com a malta a ouvir música e a mirar o “pername” das transeuntes, que sem o apito nunca descobrem que o caminho está desimpedido. Deixamos de apitar nas mais elementares situações. Quando um safado peão punha o pé na passadeira, eu dava-lhe uma apitadela, que saltava logo para trás, e nunca mais repetia a brincadeira, nos cruzamentos, o apito fazia parar os que vinham da direita, propiciando-nos uma enorme poupança de pneus, de travões, gasóleo e tempo ao manter alegremente a mesma marcha, tudo isto com uns palavrões em português suave para aliviar os incómodos da mente.
          Agora, todos emaranhados em “MarSelfisses”, deixamos transformar o País em Patróika, andamos numa correria para as consultas, a tomar “prozac” ao pequeno-almoço, já para não falar das “facaditas” que damos para acalmar o espírito. Enfim, uma boa merda! Sugiro pois que nos associemos a este amplo movimento reivindicativo em prol da nossa tranquilidade, para esquecer consultas e “prozac”, transformar os cem mil zeladores Pátria a mais, em duzentos mil sanguessugas a menos para a coisa não acabar mal. “Ontem” perdeu-se a vergonha para ir ao bolso de quem poupou. “Hoje” quem dá lucro paga a Segurança Social de quem dá prejuízo. Incentiva-se os “Emplastros e mediocridade. É a vida!