O Continente e Ilhas em alerta
vermelho, provocado pelos anticiclones estacionados em São Bento e Belém, com
fortes rajadas de Selfies e propaganda barata para entreter gente pasmada,
igual a um bando de cordeiros amansados a comer erva de duvidosa proveniência, sem
levantar o focinho do chão para pedir que lhe mudem o pasto, com o peso da
canga que suporta a Geringovernação desgovernada, tão ridícula como o sujeito descalço
vestido de Ermenegildo Zegna, a roubar velhinhas para comprar sapatos.
O Fernando, natural da Madalena
freguesia costeira de Vila nova de Gaia que todos conhecemos por “Emplastro”
sempre por detrás de jornalistas e entrevistados: Antes o Fernando era
conhecido por “Animal”, alcunha original dada pelos “Superdragões”. Afirma ser
filho de “Pinto da Costa e Victor Baía”. Na infância era tratado por
“Palhinha”. Finalmente encontrou o seu nicho de mercado no futebol a tirar Selfies
com os adeptos, a sua única praia que o tirou das esmolas nos Semáforos.
O Marcelo, natural de Lisboa que
todos conhecemos por “Presidente MarSelfies” sempre frente às câmaras para
tirar Selfies. Professor de Direito, Jornalista, comentador político, Deputado
da Assembleia Constituinte e Assembleia da República, Secretário de Estado,
Ministro e líder do PSD. Finalmente encontrou o seu nicho de mercado na “Presidência
da República” a tirar Selfies com o povo, a sua praia que o tirou da TVI, (Trampolim
de Vedetas Indigestíveis).
Não gosto de “Emplastros” artificiais
que nada acrescentam à classe, a não ser para coçar-se o umbigo e alimentar o ego
dos seus botões. Os Emplastros de contrafação proliferam como os “MarSelfies”, filho
pródigo e produto acabado da televisão, onde Dominicalmente celebrava a missa
no “Altar da TVI” para cristãos devotos que ocorriam com mais afinco à sua
homília da noite, que à Eucaristia matinal celebrada no púlpito da mesma
“Capelinha”.
“MarSelfies”, “virgem ofendida” com
as declarações do Presidente do Eurogrupo, quando este disse que gastamos as
economias em “copos e mulheres”. Não
sei em que estado ficaria se ouvisse o Tio Avelino, quando se referia por
idênticas razões ao vizinho que gastava tudo em: “Putas, vinho verde e cigarros com letras” em tempos de ásperos recursos
que nos obrigavam a conter os desejos íntimos com o que havia em casa, a beber água
fresca da fonte e fumar cigarros (sem letras) de enrolar com tabaco de onça
preta, que deixavam a língua do freguês em estado a embrulhar num cobertor.
Exemplos de populistas triunfantes
da mesma linha de montagem, temos a Cicciolina e Beppe Grillo, a pornográfica e
o comediante da Itália “Berlosconica” que resultou na concubina feita “Rainha”
e no Palhaço feito “Rei”, tal como noutras paragens, analfabetos “Jardels” também
tiveram direito a Puta-Secretaria e a ligações “Corleonecas” lá do sítio.
“MarSelfies” (o festivaleiro)
percebeu de ginjeira que com a Geringonça assanhada, não dá para sair á rua
festejar os Santos Populares, nem para continuar o ano a festejar a Santíssima popularidade
arrancada à Santa ignorância de fiéis distraídos a venerar Santos de taberna em
vez de venerar os Santinhos do Altar. “MarSelfies” sabe que quando tentar
ultrapassar a esquerda pela direita será o fim da festa. Convém que mantenha a
marcha predefinida pela Geringonça para ir o mais longe possível. Ele sabe que
quando tentar encostar às boxes não encontrará ninguém para lhe facilitar a
manobra. Ali, a corrida terminou. “O povo
anda sereno”, diz “MarSelfies” em coro com a Geringonça: Também, Camilo
dizia: “tão bom é o diabo como a sua mãe”.
Ziguezaguear da direita para a esquerda com
tal descaramento numa pista apinhada de gente, é arriscado e só ao alcance de “Emplastros”
especialistas, formados com curso de cadeirão académico, de líder partidário,
de concelheiro da República, de candidato (derrotado) à Câmara, antes de saltar
para o colo da República. Atributos suficientes que põe em sentinela os
“amigos” de direita.
Para os “inimigos” de esquerda
basta-lhe a receita de comentador-opinador de todas as matérias, de protagonista
de rábulas de engraçadinho da turma de que o povo gosta. Se tudo não basta-se,
também rezam os boletins, que é capaz de receber um Embaixador em cuecas, de
fugir dos jornalistas em mota de água, de lançar-se ao Tejo para um banho de
poluição com o mérito de sair vivo, de guiar um táxi nas mourarias com
minissaia no banco traseiro, de travestir-se de gentil coiffeur de
Balzaquianas, e até de estacionar no lugar reservado para deficientes. Sabe-se
lá o que mais virá a ser averbado a tão vasto currículo.
Certo é, que o (enterteinner)
“MarSelfies” seduziu a populaça com as mais repentinas guinadas, deixando sempre
em alerta e aberta a possibilidade de um dia abandonar a pista na primeira curva
apertada, mas só depois de ter promulgado a lei do ingresso de mais cem mil
funcionários públicos para acabar de infestar o país dos “ricos”, ao contrario
dos “pobrezinhos” Franceses, que vão cortar na gordura do Estado ao despedir duzentos
e cinquenta mil para aliviar o sacrifício do povo.
Segundo é voz corrente, a maior parte
dos novos “cem mil” zeladores da Pátria vai para muscular a segurança interna
contra os perigosos descarnados esqueletos Lusitanos. Esta, fica-me atravessada
na garganta.
Não compreendo que o “nobre” povo permita
a meia dúzia de escribas meios amaricados nos ponham a cabeça em água a repetir
vezes sem conta para trabalhar mais e passear menos, gastar menos e poupar
mais, em vez de cortarem nas gorduras deles e cessar de cortar no músculo do
povo que é a força do desenvolvimento do país.
Por exemplo, fica aqui a minha modesta
sugestão: em vez de aumentar despesas, começar a aumentar receitas com os
cortes na polícia urbana, naqueles inestéticos barrigudos, que quando o sujeito
chega à cidade e pergunta pela rua onde se pode passar umas horitas num
aconchego mais intimo para esquecer o stresse, só sabem dizer onde ficam os museus,
os tribunais e a repartição de finanças, como se um gajo depois de roer a trela,
fosse à cidade para visitar esses horrores que não interessam nem ao menino
Jesus. Vê-se na cara deles que foram traumatizados por terem engolido a sopa
sob a ameaça da farda, agora querem vingar-se nos pobres sem defesa, e na
estabilidade alheia.
Será que alguém já deixou de ser
assaltado, ou evitou que lhe gamassem a carteira, ou assaltassem a casa, a loja,
ou lhe finfassem a parceira por haver mais ou menos polícias na rua? Depois
dizem que andamos tristes, como se não basta-se os impostos, ainda querem aliviar-nos
a carteira com as multas, e nem sequer podemos estacionar como sempre em cima
do passeio ou em segunda fila, para não falar do tempo perdido a parar nos
semáforos, e no desperdício de gasóleo a cumprir os sinais de proibição, e ainda
a circular a uns miseráveis 120 nas auto-estradas com risco de adormecer ao
volante.
Mas o pior é depois de saberem que andamos
tesos como pau de galinheiro, ainda vem perturbar a intimidade do freguês, que
por falta de uns cobres para arranjar cama, tem de recorrer ao banco traseiro do
automóvel para expressar os sentimentos de afeto à namorada.
Dantes, quando era permitido apitar,
a gente andava mais contente, um vulgar sinal vermelho a passar para o verde,
transformava-se num espetáculo multimédia com enormes ganhos de tempo. Agora
temos o trânsito engarrafado com a malta a ouvir música e a mirar o “pername” das
transeuntes, que sem o apito nunca descobrem que o caminho está desimpedido. Deixamos
de apitar nas mais elementares situações. Quando um safado peão punha o pé na
passadeira, eu dava-lhe uma apitadela, que saltava logo para trás, e nunca mais
repetia a brincadeira, nos cruzamentos, o apito fazia parar os que vinham da
direita, propiciando-nos uma enorme poupança de pneus, de travões, gasóleo e tempo
ao manter alegremente a mesma marcha, tudo isto com uns palavrões em português
suave para aliviar os incómodos da mente.
Agora, todos emaranhados em “MarSelfisses”,
deixamos transformar o País em Patróika, andamos numa correria para as
consultas, a tomar “prozac” ao pequeno-almoço, já para não falar das “facaditas”
que damos para acalmar o espírito. Enfim, uma boa merda! Sugiro pois que nos
associemos a este amplo movimento reivindicativo em prol da nossa tranquilidade,
para esquecer consultas e “prozac”, transformar os cem mil zeladores Pátria a
mais, em duzentos mil sanguessugas a menos para a coisa não acabar mal. “Ontem”
perdeu-se a vergonha para ir ao bolso de quem poupou. “Hoje” quem dá lucro paga
a Segurança Social de quem dá prejuízo. Incentiva-se os “Emplastros e mediocridade.
É a vida!